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21 de fev. de 2015

Reflexão sobre o comportamento humano

A verdade é que tudo é uma escolha; tudo é feito de opções. Mas será que sempre é possível vislumbrar estas opções? Verdadeiramente, não. Há raros momentos em que este vislumbre acontece. Na maior parte do tempo, nossa visão está obliterada pela realidade e por nossas expectativas (apesar de ambas agirem conjuntamente). Entraremos no mérito da realidade em seguida. A priori, vejamos como nosso comportamento se dá em face das expectativas. Primeiro, há uma expectativa. Considerando que o ser humano age instintivamente na esperança de que sua expectativa se cumpra, pode-se dizer que o ser humano age de acordo com suas expectativas. Sendo assim, o fato de estarmos esperando algo no momento que agimos já é um bom obliterador da possibilidade de vislumbre de escolhas, já que não queremos saber o que pode acontecer caso tomemos uma atitude diversa da aspirada; o que queremos é apenas que nossos desejos se realizem. Sendo assim, a expectativa e a impuslvidade humana já começam a obscurecer nossa real potencialidade.
Como mencionado outrora, há também outro fator que anuvia a capacidade de exercício do potencial humano: a realidade. A realidade nada mais é do que uma grande bola inicialmente vazia. Essa bola vai se enchendo de acordo com o que vamos vivenciando. Entretanto, ao passo que a bola vai se enche, vamos perdendo a capacidade de ver o que de fato está na nossa frente, uma vez que nos comportamos baseado apenas no que está na bola. Com efeito, a bola, vulgarmente chamada de realidade, acaba sendo uma grande definidora das nossas expectativas.
Para exemplificar, vejamos:
Nós nascemos. A sociedade real existe antes de nós. A partir do momento do nascimento, nossa bolha que estava vazia começa a se encher pela realidade dos outros. Isto é, os outros nos tranferem o conteúdo da bolha dele para nós. Após o momento de transferência, começamos a agir com base em nossas expectativas. Queremos que nossa mãe compre-nos um brinquedo, pois vemos, em algum local talvez imemorável, que aquilo traria-nos prazer. Mas será que paramos para pensar na verdadeira essência de se comprar um brinquedo? Neste simples exemplo, qual seria as opções verdadeiras - não necessariamente reais, pois, como visto, o real é uma simples relativização nem sempre verdadeira - que estariam atrás do ato de se ter um brinquedo? Ao meu ver, podemos pensar em variadas. Poderíamos querer um brinquedo pelo simples fato dele preencher o tempo que não temos de diversão com nossa genitora [que pode trabalhar muito]. Ou então, poderemos querer um brinquedo pelo simples fato de fazermos inveja aos outros e de querer impor uma realidade nossa a outrens [sem dúvidas, um dos grandes prazeres falsos que o homem tem é o de empurrar sua realidade para outros indivíduos]. Além das citadqs, há diversas outras opções que poderíamos passar séculos a pensar. Agora a grande reflexão: por que não passamos, nem um mínimo de tempo, a refletir nessas escolhas que nos incorrem? Simples; estamos ocupados demais querendo que nossas expectativas se realizem e que consigamos que os outros sejam iguais ou inferiores a nós - ou melhor, que nós consigamos ser iguais ou superiores a eles -, através do processo de transferência.


- M.H

Papel higiênico

Às vezes me pergunto por que diabos há desenhos de corações e outras alusões amorosas estampadas no papel higiênico. O que estão sugerindo? Que o amor sempre acaba em merda? Vede uma intrigante questão.

- M.H

20 de fev. de 2015

Um sonho real.

Na frígida manhã
Seus pelos eriçaram-se:
estaria acordado?
O pensamento o acordara num sobressalto.

Dirigiu-se prontamente ao banheiro
E logo deu de cara com o espelho
Ah, seu reflexo não o enganava...
estava dormindo.

Voltou à sua cama
E tratou de se cobrir:
a manhã estava fria,
a despeito do sol que já se pora
...

adormecera novamente.

- M.H

O ser

Em busca de si
Fora em busca de outros
Que surpresa formidável:
Encontrará-o !
[os

mas logo se perdeu.

''Sua culpa?!'' os sagazes indagariam
Mas também fora sagaz.
''Culpa dos outros!'' os sábios exclamariam
Mas também fora sábio.

''Então por que diabos se perdeu?''
é o que muito se ouve perguntar
Ora, pois, veja bem...
Não estás perdido também?!

- M.H