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27 de nov. de 2012

Exploração

Lusitanos e africanos
Eis aqui a sua origem
No berço de um país tropical
Onde cresceram as suas raízes

Índios, os primeiros a nos habitar
Não pense que esquecemos de vós
Guerreiros e soldados
Lançados todos ao monstro feroz

Monstro que porventura veio depois
E que está mais perto do pensamos
Não podemos vê-lo, não podemos senti-lo
Apenas o imaginamos

Mas, analisando o contexto
Percebemos o verdadeiro erro.
Não há nenhuma imaginação
Pois todos somos frutos desta criação.

25 de nov. de 2012

Paradoxo

"Há um grande paradoxo entre sentir-se vazio e sentir-se mal. Enquanto no primeiro o sentimento é passageiro, o segundo é mais duradouro. Porém, nesse, há a esmagadora sensação do nada, enquanto neste haverá a percepção de que algo está lá. O grande problema é: Quando algo se instala no lugar do nada, este algo será mais difícil de sair. Isto vale para o mau sentimento.
 Se fossemos estabelecer um placar de "sofrimento", constataríamos de que o melhor é não sentir nada. Acontece que a angustiante sensação nos faz muitas vezes recorrer a alguma coisa. Eis que vale a pena sentirmos muitas vezes mal do que não sentirmos nada. Eis a grande incoerência."

- M.H

21 de nov. de 2012

O que sou.

"Não confundam o meu ponto de vista com aquilo que sou. O que sou não está baseado no meu ponto de vista, mas sim no que me levou até ele. O que sou nada mais é do que a causa do meu pensamento. A única função do meu ponto de vista, neste caso, seria gerar outros "eus", que não o meu."

- M.H

Repentinidades

"Muito estudo já foi feito sobre repentinidades. Sim, elas existem. Como surgiram? Racionalmente falando, não é sensato atribuí-las uma causa. O racional neste caso está intrinsecamente ligado a forma como não atribuímos-na. Parece um paradoxo complexo, mas é muito mais fácil do que aparenta. Vejamos... Objeto A foi criado por um Objeto B. O objeto B, por sua vez foi criado por um objeto C, e assim sucessivamente, até chegarmos ao objeto Z. O que seria o objeto Z? O que originou todas os objetos, certo? Não. O objeto Z apenas originou seu sucessor. Ele não foi o criador do objeto A. O criador de A foi B. O objeto Z sequer estabelece uma relação com o objeto B, que criou A. O objeto Z é auto-suficiente.
Como ele surgiu? Daí voltamos para o título do texto."

- M.H

Palavras

"À priori, estava vazio. Então, eis que surgem algumas palavras como uma mera coincidência. Alguns, porém, afirmam que não existem coincidências. Daí, estes que negam a coincidência, criam outras para negar o surgimento delas. Por sua vez, os que constaram a coincidência, rebatem e persuadem, afirmando que sim, houve uma coincidência. Bom, do que adianta saber se de fato houve ou não? O que importa não será a utilidade das palavras? De suas perspectivas futuras? Não que elas venham de fato a proporcionar algo; mas uma vez que elas existem, temos de cogitar sua usualidade."

- M.H

16 de nov. de 2012

Retomada

"Sábio não é o que sabe que sabe, mas aquele que sabe que pode saber mais."
"Quem muito tem, pouco quer"