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30 de abr. de 2013

A peça, a vida.

O teatro estava cheio. Eu reconhecia a maioria das pessoas. Quando adentrei no palco, logo vi minha família sentada na primeira fileira. Senti-me emocionado. À medida que eu encenava, mais e mais pessoas pareciam ingressar no recinto. A balbúrdia estava enorme. Todos, porém, estavam atentos aos meus movimentos; qualquer ação que eu tomava gerava um comentário alheio correspondente. O tempo foi passando, e a peça estava perto do fim, até que me dei conta que estava no último ato. Tudo, então. começou a mudar. Eu não era mais o mesmo. Na verdade, eu não sabia quem eu era. Tentei recorrer à memória, porém tudo que me veio a mente foram papéis que eu havia contracenado. Nada era verdadeiro. Eu nunca existi de fato. E o pior, só fui perceber isto quando o show havia acabado. Ao final, tudo o que me restou foram aplausos.

- Marcelo H.

8 de abr. de 2013

Diferença


Primeiro a desordem; depois a lei. Por fim, a repressão; a censura; a angústia; a dor. Enfim, ao sabor da história e de sua constante modificação, surge a triagem. Ora favorável a um lado, ora a outro. Belo sistema, meus caros, onde a intermitência de poder define os beneficiados. A pergunta é: belo para quem? Se continuarmos assim, prevejo uma dicotomia de valores maior do que a existente. Enfim, sucederá ao começo da história: desordem, lei e repressão. Pois que seja assim. Se houver a perspectiva de uma melhora em âmbitos gerais, devemos promover ao máximo tal mudança. Darmos viva a ela. Viva! Viva! Viva!

- M.H