MENU

2 de ago. de 2014

O lixo

A vida é uma breve lixeira, onde os garis, breves transeuntes noturnos, diurnos, taciturnos, limpam teu ventre como as traças que comem teu ser. E tua breve existência esvai-se no saco infinito de lixos infindáveis; o caminhão passa, o caminhão vai. Quem fica? Apenas a lixeira, a se encher, a se esvaziar. Vês o plástico, vês o metal, mas nunca vês a vida. Objetos inertes; que fazes? Enche-os com teu afeto e os joga no lixo, no indefectível ciclo inefável de existência. Tu existe?

- M.H